Você sabe quais são as maiores dificuldades de uma gestão de Home Care?
Muitas vezes os profissionais responsáveis pela administração desse modelo de negócio acreditam que enfrentam desafios exclusivos e individuais da sua empresa. Com isso, a sensação de desespero e impotência se tornam comuns. É o seu caso?
Porém, alguns desses problemas são compartilhados entre o segmento e podem ser resolvidos com ações práticas e através da implementação das tecnologias adequadas.
Neste artigo abordamos os principais deles para que seja mais fácil reorientar a estratégia do seu home care ainda em 2023.
Você vai ver por aqui (clique no que deseja ver primeiro e dinamize a sua leitura):
- Quais as particularidades do Home Care
- 4 maiores dificuldades de gestão do home care
- Como driblar as maiores dificuldades de gestão do home care?
Quais as particularidades de um home care?
Para entender quais são as maiores dificuldades de uma gestão de Home Care, os gestores precisam conhecer a fundo o modelo de negócio.
Segundo a Resolução RDC nº 11 de janeiro de 2006, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento de Serviços que prestam Atenção Domiciliar, as atividades desse setor podem ser definidas da seguinte forma:
(…)
3.3 Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio.
3.4 Assistência domiciliar: conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio.
3.7 Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção em tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia especializada.
(…)
Portanto, o home care enquadra-se como uma das modalidades de serviço em assistência à saúde que contribuem para o fenômeno da desospitalização ao transportar o tratamento dos pacientes para o domicílio, quando autorizado legalmente.
Através disso, os pacientes têm acesso a uma abordagem pautada no bem-estar e no atendimento próximo e humanizado de suas necessidades.
No Brasil, essa modalidade apresenta ainda outras singularidades que precisam ser debatidas para a garantia de eficácia dos serviços e melhoria dos processos do setor. É o caso de:
1) Legislação e Regulamentação
Como dissemos, o serviço de atenção domiciliar (SAD) é regido por alguns textos legais específicos que tornam essa modalidade diferente das demais.
É o caso, por exemplo, da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) que dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, sobretudo, de dados sensíveis (dentre os quais encontram-se os relacionados à saúde); e de outros textos, como a (RDC) nº 11/2006 já mencionada.
O Censo NEAD – Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar, FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) é outro importante guia para gestores home care, pois mapeia os principais assuntos, tendências e apontamentos do home care e do serviço de atenção domiciliar (SAD) no Brasil.
2) Necessidade de autorização para o tratamento
Outra particularidade do home care e demais serviços de atenção domiciliar encontra-se no procedimento de instalação das modalidades.
Quando um paciente deseja realizar seu tratamento nesses termos é necessário a apresentação de um laudo médico que contenha o relato da doença em questão com o CID (Código Internacional da doença), além do seu histórico e da necessidade do tratamento.
Ou seja, existe um perfil de paciente para as empresas SAD e somente através desses processos é que ele pode buscar as vantagens de um home care.
3) Infraestrutura diferenciada
O home care demanda uma estrutura e acessos particulares. Como o tratamento é realizado em domicílio, o ambiente precisa ser adaptado para que o atendimento seja eficaz e padronizado.
Acessibilidade, fornecimento de equipamentos médicos, e demais questões devem ser avaliadas para atender às necessidades dos pacientes e garantir um tratamento adequado, seguro e de qualidade.
A ideia é que o paciente tenha acesso aos moldes de uma assistência hospitalar, sem os riscos desse ambiente, e em um espaço mais controlado e confortável.
4) Equipes de trabalho com profissionais variados
As empresas de home care são reconhecidas por sua integralidade de prestação de serviço. Isso significa dizer que empresas desse tipo desenvolvem um plano de tratamento que contempla uma equipe multidisciplinar de trabalho.
Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros colaboradores, são exemplos de profissionais dessas equipes.
Por isso, é imprescindível à gestão que conecte todos esses agentes e permita uma avaliação e verificação da qualidade e especialização dos serviços prestados.
5) Atendimento integralmente focado no paciente
O home care se distingue de outros modelos de tratamento em saúde por ser guiado pelo bem-estar e pelas necessidades individualizadas de cada paciente.
Por proporcionar um tratamento mais humanizado, confortável e próximo à família, é a modalidade que melhor reflete na satisfação dos pacientes e seus parentes.
4 maiores dificuldades de gestão do home care
No cenário atual, gestores de home care no Brasil enfrentam algumas dificuldades que tendem a refletir negativamente na eficiência e qualidade desse modelo de negócios.
Diante das singularidades elencadas anteriormente e com esse contexto, o primeiro passo para driblar tais problemas é entender que o home care está além de uma consequência da pandemia e que sua tendência de crescimento é uma realidade do mercado.
As dificuldades de gestão do home care podem permear toda a cadeia de operações desses negócios e, por isso, torna-se indispensável assegurar a integração de toda a cadeia de recebíveis de um paciente. Veja abaixo quais as 5 maiores dificuldades de uma gestão de home care, nesse sentido:
1) Lidar com uma enorme quantidade de dados
Gestores de Home Care se deparam diariamente com uma enorme quantidade de dados. Diferentemente de outros modelos de assistência em saúde, essa modalidade começa antes mesmo da chegada de um paciente, com o mapeamento dos convênios e das operadoras de saúde, e termina somente após o faturamento e recursos das glosas.
Ou seja, além dos dados relacionados ao paciente, como registros médicos, relatórios de atendimento, tabelas de medicamentos e estoque de farmácia, escalas, os administradores ainda trabalham com informações ligadas à burocracia e procedimentos das empresas SAD.
Por isso, uma das maiores dificuldades de home care é gerenciar, organizar e analisar esses dados de forma eficiente e devidamente registrada (sem perdas de informação).
É necessário adotar sistemas de gestão de informações robustos e implementar medidas de segurança adequadas para proteger a privacidade e a confidencialidade dos dados dos pacientes. Além disso, a análise correta desses dados pode fornecer insights valiosos para melhorar a qualidade dos serviços e a tomada de decisões clínicas.
2)Ter eficiência na gestão de escala:
As escalas no home care são vivas e podem ser alteradas por inúmeros fatores – tanto os que envolvem a atuação do profissional ou a falta dele no dia de trabalho, quanto os que envolvem o paciente.
Nesse contexto, o gerenciamento de uma equipe multidisciplinar é um desafio constante nas dinâmicas de empresas SAD.
Com profissionais de diferentes áreas, cada um com suas próprias necessidades e disponibilidade, o gestor pode encontrar problemas para montar as escalas e plantões e ter maleabilidade adequada para alterá-las quando necessário.
É essencial garantir uma escala que atenda prontamente à demanda dos pacientes. Coordenar as escalas de trabalho, considerando as preferências dos profissionais, as horas extras, necessidade de férias, as necessidades dos pacientes e a cobertura adequada em diferentes turnos e dias da semana, requerem uma gestão eficiente.
A falta de eficiência nesse processo pode levar a lacunas na cobertura dos cuidados, sobrecarga de alguns profissionais e insatisfação da equipe.
Assim, é fundamental contar com sistemas e ferramentas que auxiliem na elaboração e no gerenciamento das escalas de forma a garantir uma distribuição equilibrada e eficiente dos profissionais de saúde.
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3) Glosas médicas
As glosas médicas são uma das maiores dificuldades do home care por impactarem diretamente o faturamento da empresa.
O não pagamento, seja por parte de planos de saúde, órgãos pagadores ou pelo paciente, ocorre por diversos motivos, como falta de documentação adequada, códigos de procedimentos inadequados, divergências na interpretação das diretrizes de cobertura, entre outros.
As glosas administrativas, as que advêm de erros no preenchimento de documentos, falta de assinaturas ou informações incompletas, por exemplo, são as mais comuns. Entretanto, há que se ter preocupação redobrada também com glosas técnicas e glosas contratuais.
Quando a gestão do home care é eficiente e automatizada essas inconsistências que geram o não ou o atraso do pagamento podem ser contornadas de maneira bastante ágil.
Ao automatizar o home care a empresa reduz as falhas administrativas humanas e, consequentemente, a falta de efetividade no controle e faturamento de contas.
4) O relacionamento com o paciente e familiares
Criar um ambiente de confiança e comunicação efetiva, garantindo que as necessidades do paciente sejam atendidas de forma satisfatória é um desafio para empresas desse segmento.
Além de muita informação, o home care lida com a demanda por entrosamento de profissionais variados e precisa encontrar uma maneira assertiva de comunicar tudo isso para o paciente e seus familiares.
Afinal, essa é uma condição essencial para que o paciente se desenvolva em seu protocolo e para que os parentes se sintam seguros com os procedimentos realizados pela empresa.
É importante envolver ativamente o paciente no processo de cuidados domiciliares, fornecendo informações claras sobre o tratamento, ouvindo suas preocupações e necessidades, e incentivando sua participação ativa na tomada de decisões relacionadas à sua saúde.
Além disso, outras práticas tornam a comunicação mais estratégica. É o caso de estabelecer canais de comunicação efetivos, fazer o gerenciamento de expectativas – esclarecendo os limites e possibilidades do atendimento, explicando os procedimentos e cronogramas de forma realista, promovendo um alinhamento entre as expectativas e a realidade do serviço, além de organizar uma estrutura que forneça suporte emocional a todos os envolvidos nesses processos.
Como driblar as maiores dificuldades de gestão do home care?
A maior parte das dificuldades de gestão do home care pode ser encarada positivamente com o auxílio da tecnologia adequada.
O SpinCare é a principal referência do mercado, eleito o software mais completo para gestão de home care em 2023.
Desenvolvido pelo Grupo Pulsati, líder em soluções tecnológicas para empresas desse segmento, o SpinCare abrange todas as etapas da operação de um home care, incluindo a comunicação com pacientes e familiares.
Com o SpinCare, as empresas de Atenção Domiciliar têm todos os dados coletados adequadamente, além de registrados e armazenados em nuvem, já com regulamentação LGPD em prática.
As tarefas burocráticas e administrativas são automatizadas, melhorando a eficiência do negócio e revertendo quadros de desorganização, erros humanos e glosas médicas futuras.
Outras funcionalidades do software conseguem abranger a gestão financeira, a gestão de farmácia e estoque, a gestão de escala, entre outros benefícios, como:
- Conformidade legal;
- Otimização dos processos e controle da operação das empresas de home care;
- Gerenciamento automatizado de escalas e turnos;
- Prontuários armazenados eletronicamente;
- Gestão financeira;
- Gestão de cadeia de suprimentos
- Aplicativo mobile para a família do paciente.
- Selo de produto Pulsati, uma das healthtechs mais inovadoras do setor.