A segurança do paciente, no home care ou nos demais serviços de saúde, é um tema abordado internacionalmente nos sistemas de assistência desse segmento, tendo como principal objetivo assegurar às organizações deste segmento uma atuação focada em melhorias contínuas e consistentes em todas as suas áreas, através de metas claras e padronizadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define “segurança do paciente” como a redução do risco de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável.
Em outras palavras, isso significa dizer que a segurança do paciente abrange a redução de atos inseguros nos processos assistenciais e o uso das melhores práticas descritas de forma a alcançar os melhores resultados possíveis para o paciente.
Existem diversas formas de orientar uma empresa home care ou de serviços de atenção domiciliar (SAD) para os princípios da segurança do paciente, sendo a principal delas o alinhamento do conhecimento técnico e multidisciplinar dos profissionais envolvidos na cadeia de saúde com os avanços da tecnologia e da transformação digital.
Neste artigo vamos conversar sobre a importância da segurança do paciente como guia norteador do sucesso do home care, bem como indicar as vantagens de implementar a tecnologia para esse propósito.
Áreas de foco da segurança do paciente
A segurança do paciente é e deve ser entendida como uma responsabilidade compartilhada entre pacientes, profissionais de saúde, instituições médicas e autoridades regulatórias.
Nesse contexto, todos têm um papel importante para a promoção de uma cultura de segurança e para a implementação efetiva de práticas que resultem no melhor cuidado possível aos pacientes, evitando, assim, os eventos adversos indesejados.
Para isso, as instituições de saúde devem observar as metas relacionadas a esse indicador e traçar estratégias para que elas tenham aderência ao dia a dia e às etapas da cadeia ou ciclo de receitas da empresa.
Ao todo são 6 objetivos uniformizados, para que os serviços oferecidos no home care e nos demais nichos de saúde também sejam padronizados e guiados pela qualidade, bem como pelo foco no paciente:
- Identificar o paciente corretamente
- Melhorar a eficácia da comunicação entre profissionais de saúde
- Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração dos medicamentos
- Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto
- Reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde
- Reduzir o risco de danos ao paciente, decorrente de quedas e de lesões por pressão
Através da propositura dessas metas, sugeridas pela OMS, a segurança do paciente reflete em uma gestão que se dedica a trabalhar todas as áreas das empresas, como:
- Prevenção de erros médicos: Implementação de práticas e protocolos para evitar erros médicos, como administração incorreta de medicamentos, diagnósticos equivocados, cirurgias erradas, falta de alinhamento entre profissionais na troca de escalas e plantões, entre outros.
- Higiene e controle de infecções: Medidas para reduzir a disseminação de infecções hospitalares, ou de condutas realizadas em domicílio, para garantir que os profissionais de saúde mantenham rigorosas práticas de higiene.
- Comunicação efetiva: Estabelecer sistemas de comunicação claros e eficazes entre os membros da equipe de saúde para evitar mal-entendidos e erros na transmissão de informações relevantes sobre os pacientes.
- Monitoramento e acompanhamento: Acompanhamento contínuo do estado do paciente durante todo o período de atendimento, para identificar qualquer mudança que exija intervenção imediata.
- Identificação correta do paciente: Implementar boas práticas e políticas claras para garantir que o paciente correto receba os cuidados adequados, evitando erros decorrentes de confusão de identidade.
- Segurança cirúrgica: Procedimentos e verificações pré-operatórias para evitar erros durante cirurgias, como operar o local errado ou realizar procedimentos não autorizados.
- Acesso a informações e educação: Disponibilização de informações compreensíveis para os pacientes sobre seus tratamentos, medicamentos e cuidados pós-atendimento.
A importância da segurança do paciente para o home care
Um home care que se orienta pela segurança do paciente e desenvolve protocolos, ações e uma gestão focada na melhoria desse “indicador”, assume uma postura preventiva frente às demandas do mercado e, sobretudo, do paciente.
Ou seja, quando a estrutura organizacional da empresa previne os serviços de riscos desnecessários aos pacientes e dos eventos adversos, entendendo que eles podem ser mitigados através da implementação de rigorosos processos, da tecnologia e de uma metodologia adequada, possibilita que as etapas do atendimento passem por melhorias constantemente e consigam se adaptar em tempo hábil às transformações do contexto e das necessidades do assistido.
Como resultado dessa exigência do setor, a de oferecer um tratamento respaldado pela segurança do paciente, as empresas de atenção domiciliar otimizam a assistência aos pacientes, aumentam a satisfação de todos os envolvidos na cadeia de saúde, e o principal – têm a gestão e a humanização das atividades como bússola do sucesso do negócio.
Em outras palavras, certificar que o home care se guie pelas metas de segurança do paciente é se comprometer a executar um serviço que prioriza o ser humano, a dignidade do paciente e o seu bem-estar.
O papel da tecnologia para a otimização da segurança do paciente
A tecnologia desempenha um papel crucial na otimização da segurança do paciente nos serviços de home care, que se caracteriza por ser um setor bastante complexo e vívido.
Através das variadas formas de tecnologias existentes é possível evitar erros nas rotinas dessas empresas e proporcionar mais qualidade no cuidado e na segurança do paciente, profissional e instituição.
Quando bem implementadas, as soluções digitais potencializam significativamente a capacidade do atendimento e reduzem riscos.
Algumas das possibilidades de melhorias criadas pela tecnologia se dão na implementação de práticas que mitigam erros humanos, automatizam burocracias e melhoram o tempo de resposta a incidentes. É o caso de:
- Registros Eletrônicos de Saúde (EHR) ou Prontuário Eletrônico
- Aplicativos de monitoramento em nuvem
- Aplicativos de mensagens e sistemas de comunicação em tempo real
- Prescrição eletrônica
- Identificação biométrica,
- Uso de plataformas de e-learning
- Análise de dados
- Telemedicina
Como saber se o meu home care aplica as metas da segurança do paciente de forma adequada?
Como dissemos, a tecnologia é a principal aliada do setor da saúde para prever e evitar eventos adversos.
Por isso, uma das maneiras de investigar se o seu empreendimento está conectado aos objetivos da segurança do paciente, é observar se a sua gestão se alicerça no entendimento de que investimentos em inovação são requisitos básicos para manutenção da empresa no mercado.
A exemplo de uma tecnologia que viabiliza a implementação das metas da segurança do paciente, o SpinCare se destaca como referência em software de gestão para o segmento de atenção domiciliar.
Através da ferramenta, empresas do setor desenvolvem com efetividade diversas estratégias de operação voltadas à segurança do paciente, uma vez que as suas funcionalidades permitem uma gestão fluida e 360º, ou seja, de ponta a ponta, capaz de minimizar os incidentes mais comuns da rotina de um home care.
Entendendo a importância do tema, o SpinCare desenvolveu um guia para que os gestores home care identifiquem, de maneira prática, qual o posicionamento dos seus negócios frente aos propósitos da segurança do paciente.